O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta cerca de 5% das crianças. Somente 15% dos indivíduos experimentam remissão completa dos sintomas ao longo da vida, caracterizando o TDAH como uma condição crônica, presente em cerca de 4% dos adultos.
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Ao longo da vida, o não reconhecimento e tratamento do TDAH pode levar a uma série de prejuízos, como pior desempenho profissional, menor nível socioeconômico, dificuldades em relacionamentos e maior risco de acidentes. Além disso, com muita frequência o TDAH está associado a comorbidades psiquiátricas, principalmente transtornos de humor, ansiedade e abuso de substâncias.
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A evolução do TDAH ao longo da vida é caracterizada por tendência à redução dos sintomas de hiperatividade, que no adulto podem se manifestar como inquietude física e mental, impaciência e irritabilidade. Já a impulsividade no adulto pode ser observada por dificuldade em controlar impulsos em compras, comida, jogos, investimentos e também na relação com as pessoas, podendo causar prejuízos financeiros e comprometer relações interpessoais.
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As dificuldades de atenção, concentração, planejamento, organização mental e memória tendem a permanecer na vida adulta e podem, inclusive, ser mais prejudiciais do que na infância, já que as cobranças e responsabilidades aumentam sobremaneira com o passar do tempo. Diferentes cenários da vida de um adulto com TDAH podem ser afetados, como relacionamentos, desempenho profissional e acadêmico, lazer e até as emoções.
O diagnóstico do TDAH no adulto exige detalhada anamnese com o paciente e, muitas vezes, com familiares. Outras causas neurológicas e psiquiátricas devem ser excluídas como motivo para as queixas do paciente.
O tratamento deste transtorno é baseado em medidas não farmacológicas, como educação e orientações profissionais, psicoterapia e hábitos de vida saudáveis, além de medicações que devem ser prescritas com parcimônia de forma individualizada.
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