A maioria de nós, ainda que intuitivamente, sabe que dormir bem é essencial para a nossa saúde física e mental. Entretanto, os transtornos relacionados ao sono são cada vez mais frequentes, podendo gerar consequências negativas, como sonolência diurna, dores de cabeça, irritabilidade, dificuldade de concentração e problemas de memória.
Na prática clínica, uma das principais queixas relacionadas ao sono é a insônia. Contudo, durante a anamnese mais detalhada, percebemos que muitas vezes o problema está nos maus hábitos relacionados ao sono – má higiene do sono. Por definição, só podemos diagnosticar a insônia quando o ambiente do sono é adequado e a falta dele acarreta sintomas no dia seguinte. Portanto, um indivíduo que não consegue dormir o suficiente porque o parceiro ronca, ou porque precisa acordar muito cedo para trabalhar, não sofre de insônia, mas sim de privação do sono, cuja causa é ambiental, e não biológica.
Diferente do que ocorre na prática clínica, em que se observa alta taxa de uso de medicações, as principais diretrizes de transtornos do sono recomendam tratamento inicial com medidas não-farmacológicas na maioria dos casos. Algumas dessas estratégias são: higiene do sono adequada e terapia cognitivo-comportamental. Casos mais graves e refratários podem ser indicações para o uso de medicações, que devem ser individualizadas. Não existe “receita de bolo” para o tratamento farmacológico da insônia. Tomar o mesmo remédio do vizinho ou do parente pode ser perigoso e/ou ineficaz.
Outro distúrbio do sono para o qual precisamos estar atentos é a apneia obstrutiva do sono, (tema de post anterior), cujos principais sintomas são roncos, pausas respiratórias e sonolência diurna. Sua identificação é de extrema importância por ser fator de risco para AVC, infarto, arritmias, transtornos de humor e declínio cognitivo, se não tratada.
Caso você apresente sintomas relacionados ao sono, consulte um especialista e não tome medicação sem orientação médica.
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