Crises convulsivas podem ocorrer em até 10% da população geral, porém somente uma parcela desses indivíduos terá epilepsia, cujo diagnóstico necessita de ao menos duas crises convulsivas ou apenas uma somado a alto risco de recorrência.
A crise convulsiva generalizada é normalmente bem reconhecida por pessoas fora da área da saúde, porém chamadas crises focais podem ser de difícil reconhecimento. Um exemplo disso são as crises discognitivas, nas quais há perda de contato com o meio durante alguns segundos, e por isso pode não ser percebida pelo paciente e por terceiros.
Na maioria dos casos, a epilepsia é bem controlada com medicações, contudo cerca de 30% dessa população é acometida por epilepsia refratária, na qual é necessário o uso de mais de uma medicação e, em casos mais complexos, cirurgia.
O acompanhamento com neurologista é de extrema importância para que sejam realizadas orientações de como proceder em caso de crise convulsiva, bem como para a definição do melhor tratamento anticonvulsivante. Também é importante reconhecer comorbidades comuns em pacientes com epilepsia, como depressão, ansiedade e transtornos do sono.