Muito se tem falado sobre o uso da cannabis medicinal nos últimos tempos, tema intrigante devido à promessa de potencial benefício em algumas condições médicas.
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No ano de 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a fabricação e a venda de medicamentos à base de Cannabis, que deverão ter prescrição médica para a sua utilização. Por ter se tornado parte de um mercado que movimenta grandes quantias de dinheiro, as informações sobre o tema se tornaram abundantes, porém muitas vezes de baixa qualidade e sem embasamento científico. Por isso, apesar de gerar esperança, a presença de uma nova opção terapêutica deve ser analisada de maneira cuidadosa e realista, baseada em dados científicos.
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Os fitocanabinóides são extraídos da planta Cannabis, sendo os mais frequentemente utilizados, o canabidiol, canabigerol e THC, justamente por apresentarem potenciais propriedades medicinais.
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É importante notar que o THC é responsável pelos efeitos psicotrópicos da planta, e está presente em quantidades elevadas nas drogas de uso recreativo. No entanto, sua utilização na medicina é bastante restrita, devendo estar presente em baixíssimos níveis ou até ausentes nas formulações de canabinóides, já que pode até induzir psicose e piorar sintomas ansiosos quando em quantidades mais expressivas.
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Apesar de um aumento exponencial de estudos científicos abordando este tema na última década, a ciência ainda engatinha e traz poucas respostas robustas à comunidade científica.
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Enquanto estudos mais relevantes não são publicados, os canabinóides podem, sim, ser usados em algumas condições neurológicas nas quais o arsenal medicamentoso ainda é escasso, como doenças neurodegenerativas e dores crônicas de difícil tratamento, mas é necessário que o médico exponha de maneira clara e realista os potenciais riscos e benefícios de seu uso, sem criar expectativas irreais.
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Se você tem dúvidas sobre o tema, confira o texto completo no meu site, ou converse com seu médico.
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